terça-feira, 27 de março de 2012

No último encontro de Formação Continuada dos Professores de Biblioteca e de Literatura, da rede Municipal em Uberlândia.
No CEMEPE - Centro Municipal de Estudos e Projetos Educacionais Julieta Diniz,
Daniela coordenadora do Programa Biblioteca Escolar, presenteou a todos com um vídeo que exalta a importancia da literatura na forma do LIVRO.
Vale lembrar que o curta é  o vencedor do Oscar de melhor curta-metragem de animação 2012.

 “Os fantásticos livros voadores do Mr. Morris Lessmore”



Os fantásticos livros voadores do Mr. Morris Lessmore é um curta produzido pelo autor/ilustrador/cineasta americano William Joyce e pelo diretor Brandon Oldenburg. O curta mostra a história de pessoas que dedicam suas vidas aos livros e são recompensadas por eles. Teve como influências o episódio com o furação Katrina em 2005, em Nova Orleães nos Estados Unidos, o ator de comédias muda Buster Keaton, e filmes como O mágico de Oz e Cantando na Chuva. A produção é ganhadora ao Oscar 2012 na categoria de melhor curta-metragem de animação. É uma obra de arte. (http://jovembrilhante.blogspot.com.br/2012/02/os-fantasticos-livros-voadores-do-mr.html)


Nelly Novaes Coelho

DESTAQUE 



Nelly Novaes Coelho em 2006  abriu o seminário de literatura infanto-juvenil em Uberlândia.
Estimulou a  criação do Núcleo de Contadores de História "CirAndando" de Uberlândia/MG, do qual é Conselheira e orientadora.

Clique abaixo e saiba um pouco mais sobre nossa conselheira

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/index.cfm?fuseaction=biografias_texto&cd_item=35&cd_verbete=5766

quarta-feira, 14 de março de 2012

CARACTERÍSTICAS DO CONTADOR DE HISTÓRIA

“CIRANDANDO”  
NÚCLEO DE CONTADORES DE HISTÓRIA
Uberlândia, 14/03/2012
Aula nº 01  -  CARACTERÍSTICAS DO CONTADOR DE HISTÓRIA
1ª  -  Estar em boas condições de saúde.
2ª  -  Estar completamente disponível para o momento da contação;
3ª  -  Estar informado a respeito do público alvo:  faixa etária, local e motivação do convite.
4ª  -  Conhecer profundamente as fábulas grego-romanas, os arquétipos e a mitologia grega, a literatura “infantil” recolhida na Europa, na Ásia  e no oriente, a produção da indústria cultural moderna:  filmes,  quadrinhos, cartoons, videos, jogos, tv e internet.
5ª  -  Ler, reler, buscar outras versões da mesma história para ser capaz de construir e desconstruir o enredo junto com seu público, se for o caso.
6ª  -  Estabelecer o tempo de sua performance.
7ª  -  Selecionar  as histórias mais pertinentes para garantir o sucesso de seu trabalho.
8ª  -  Preparar mais uma ou duas histórias para a eventualidade de um pedido do público.
9ª  -  Não improvisar. Não florear. Não esticar a história. Não colocar  “cacos”.
10ª  -  Reler a história com antecedência para evitar lapsos de memória durante a apresentação.
11ª  -  Não transformar a história num instrumento de tortura.
12ª  -  Viver a história, como se fosse protagonista.
 DA PREPARAÇÃO DO CONTADOR
1 – Figurino  -  Há  narradores que precisam se vestir  de maneira especial: palhaços, vovós, fadas, pretos velhos, fantasmas, animais, vegetais ... Outros contam sem artifício, sem maquiagem, sem bengalas, sem cadeiras de balanço,... Abrem o coração e contam. E há quem prefira apenas ler, a boa e honesta leitura em voz alta.
2  -  Postura  -  Sentado ou de pé, o narrador oral deve estar sempre próximo do ouvinte, olho no olho. Sempre que possível, evitar o uso de microfone. Ficar ziguezagueando pelo palco pode entorpecer o público.
3  -  Silêncio  inicial  -   A história não pode começar enquanto houver conversas, cochichos, arrastar de cadeiras, janelas batendo, entre-e-sai de pessoas no recinto, composição da mesa diretora.
4  -  Apresentação pessoal  -  Por mais reconhecido que seja o narrador oral, em respeito ao público ele deve se apresentar e anunciar a história que vai contar, sua fonte e autor, se houver. Exibir o livro que a contém valoriza ainda mais a arte literária.
5  -  Voz  -  Proferir  uma palestra, ministrar uma aula, celebrar um culto, declamar um poema, atuar numa peça, vender um produto, são atividades muito distintas, cujo sucesso decorre de muita  dedicação e exercício. Todas dependem da VOZ, que deve ser firme, clara, agradável, expressiva, comedida e emocionada. CALIFASIA  é a arte de tornar a palavra distinta, correta, expressiva e agradável.
6  -  Tom  -  Quando o tom da voz do narrador  é agradável, a história flui bem. Quatro defeitos devem  ser corrigidos:  voz rouca, dupla, grossa e excessivamente fina (voz de falsete).
7  -  Timbre  -  A voz tem um certo timbre porque determinados hormônios  acham-se presentes.  O timbre tem origem nas cordas vocais e é modificado pelos ressoantes. Uma  classificação superficial o identificaria como claro, nasal, áspero, seco, rouco, aspirado.
8  -  Texto e vocábulo  -  Se o texto é adequado ao público, se cada palavra é proferida com propriedade, se o timbre de voz obedece aos sinais  de pontuação, a apresentação já está fadada ao sucesso. Entretanto, se o que se pretende é acumpliciar o público e enredá-lo nas teias do encantamento,  o grande aliado é a respiração, valorizando cada passo da narrativa.
9  -  Silêncio  -  O silêncio tem o condão de preencher todos os espaços da emoção. É desafio, expectativa, susto, reflexão, esclarecimento, consolo, abertura e desfecho.
10  -  Defeitos de dicção :  gagueira, tartareio e balbuciência.  A gagueira torna qualquer pessoa muito infeliz. Tem forte conexão com baixa-estima e perturbações familiares na infância. É facilmente corrigida com exercícios de canto. Quanto mais cedo, melhor. Tartareio é um vício de dicção presente na fala de pessoas incultas.  A  lei do menor esforço também cria oásis de comunicação, principalmente entre jovens, dentro de seu território . ...sa..ko..mé... (você sabe como é), ...fá...si...não... (não faz assim não), ...ô...num...gó..di...dô... (eu não gosto de doce). Balbuciência é a dificuldade manifesta na fala de pessoas muito tímidas ou mentirosas. É a repetição da mesma letra ou palavra, com interrupção do fio narrativo. A palavra não ocorre, a frase não se conclui. ...é... é... é..., aí ele... ele... ele... O balbuciente tem  déficit de atenção.
11  -  Tiques, cacoetes, estribilhos  -  Fungar, piscar, revirar os olhos, repuxar o queixo e o pescoço, aparar as unhas das mãos com as mãos, são tiques nervosos que comprometem o narrador e a narração. O pior de todos os cacoetes, e o mais recorrente, é ... aí, né... A televisão, que só deveria elevar a humanidade, tem às vezes um poder de massificação e imbecilização avassalador. Neste momento as expressões “teen” mais disseminadas são mano, cara e maneiro... Na dicção os estribilhos, palavras, expressões, são preferências pessoais: realmente... , faça ideia..., aliás... A  ascensão financeira transparece no esforço de uma comunicação verbal mais apurada. Aliás, diga-se de passagem... , concorda comigo?...Sem falar no irritante ...meu amor... , ...meu bem... que pessoas recém-chegadas  ao novo convívio  utilizam com intimidade.  A imprensa chama isto de bordão.
12  - Atenção e simpatia  -  Dispensar a todos os ouvintes a mesma atenção e simpatia sem privilegiar grupos , dirigindo sua fala e seu olhar a todos os participantes. Se a história permitir interação, que interajam  ouvintes de toda a platéia.
13  -  Fio narrativo  -  Jamais interromper o fio narrativo com advertências,  mesmo que exista alguém  perturbando a reunião.  Deve ficar acertada previamente a presença de um professor ou responsável pelo público, durante o desenrolar da atividade. Como acontece no teatro, pode haver um “tirolês” na platéia, disposto a pôr a perder a performance.
14  -  Retirar-se do palco ou da sala assim que terminar a narrativa. Dialogar com os ouvintes somente quando isto estiver previsto e acordado.
15  -  Em casa, diariamente, fazer leitura em voz alta de textos literários.
1ª  RECOMENDAÇÃO  -  Quando uma criança pede a palavra durante a narrativa, o contador deve avaliar rapidamente se aquela solicitação é urgente. Caso assim lhe pareça, interrompa a história e deixe que a criança relate sua própria experiência. Às vezes esta é uma decisão sábia.
2ª  RECOMENDAÇÃO  -  Encerrada a história alguém pode discordar  do enredo narrado e se propor a contar a seu modo. Este momento, de rara interação público-narrador, pode ensejar uma desconstrução da história original, o que é um ganho para todos os participantes e uma inequívoca demonstração de liberdade e democracia. É neste momento que as lideranças se revelam e a criatividade produz os melhores frutos.

 Texto elaborado por Martha F. A. Pannunzio em 04-03-2012.
Bibliografia  Consultada –
 TAHAN, Malba – A ARTE DE LER E DE CONTAR HISTÓRIAS, 4ª Ed. – Editora Conquista, Rio de Janeiro, Brasil, 1964.


CONVITE




                                                      Convite



 2ª Reunião do Núcleo de Contadores de História
                       “CirAndando”
Parceria: IAT/PROLER/FIEMG/Of. Cultural         e  Biblioteca Pública
Data: 14/Março de 2012
Horário: 08h às 11:30 ou 13h às 17h ou
               18h às 21h30min
Local: Oficina Cultural
           Praça Clarimundo Carneiro, 204
   
  Datas das próximas Reuniões de 2012:

 . 14/Março                   . 08/Agosto
 . 18/Abril                     . 12/Setembro
 . 16/Maio                     . 17/Outubro
 . 13/Junho                   . 07/Novembro  
 . 04/Julho                   . 04/Dezembro