Contar história nos atrai. Gostamos de contar e
de ouvir contarem. Queremos contar cada vez melhor. Ampliar o repertório e
melhorar a performance.
Somos perfeccionistas.
Contamos como?
Lendo. Declamando. Dançando. Cantando. Bordando.
Pintando. Com bonecos. Com instrumentos musicais. Com sucata. Fazendo
instalações. Mímica. Palhaçadas. Utilizando os suportes mais variados.
O contador de história precisa apenas de duas
ferramentas: emoção e afeto. O resto vem por acréscimo. O velho Gepeto
construiu um boneco de madeira articulado e ganhou um filho de verdade. Mas que
história fantástica o genial Collodi criou! Outros apenas fizeram relato de
experiências: Marco Polo, Robinson Crusoé, Hans Staden... E que relatos!
E você, como conta? O que
conta? Para quem conta? Por que conta? Quantas histórias você sabe contar? Qual
é a sua preferida?
Contar história pode ser uma atividade diletante,
voluntária. Mas pode se transformar numa atividade profissional, por que não? Isto
você decide. Nós estamos aqui para ajudar. Para trocar experiências.
Nós nos veremos uma vez por mês, mas estaremos, a partir
de agora, atentos para tudo que diz respeito a esta arte mais antiga da
humanidade. Uma história lida, ouvida, contada, relembrada, uma ocorrência
familiar, um fragmento de memória da própria infância, objetos, artigos,
filmes, entrevistas, experiências profissionais bem sucedidas, mal sucedidas, tudo
pode ser a ponta de uma meada plugada na emoção do contador de história.
Uma história bem contada tem o poder de encantar, de
despertar talentos, irmanar pessoas, cicatrizar feridas, promover a paz e a
concórdia. Uma história bem contada tem o poder de curar. A responsabilidade do
narrador oral é muito grande porque a emoção perdura além do final da história
e fica registrada no inconsciente e no subconsciente do público.
As histórias podem ser edificantes, educativas ou
recreativas. A família prefere as edificantes. A escola infelizmente bate na
tecla das educativas. Nós, do Núcleo CIRANDANDO de Contadores de História,
preferimos nos ocupar de narrativas que emocionem e fortaleçam a autoestima do
ser humano.
Em maio ocuparemos
o espaço MUNDO DA CRIANÇA, no Parque do Sabiá, e realizaremos a 4ª Jornada
CONTAR... CANTAR... BRINCAR... Nós
contaremos histórias na sombra daquelas árvores para todas as crianças de
Uberlândia que vierem trazidas por sua escola, matriculadas na 2ª série (3º ano)
do ensino fundamental. Em dezembro faremos uma festa de encerramento muito
requintada, na qual todos nós nos apresentaremos no palco, para público
convidado e familiares. Participe.
O contador de história que se preza tem sempre uma
história pronta, na ponta da língua. Prepare uma história para cada reunião de
nosso Núcleo.
Martha
Pannunzio – Consultora do NCH CirAndando
- fevereiro/2012